02 maio 2012

Influência Paterna


 Uma pesquisa da Universidade de Concórdia no Canadá, avaliou cerca de 140 crianças entre 3 e 5 anos e depois entre 9 e 13 anos para analisarem a influencia dos pais em relação a suas habilidades emocionais entre outras.

Pesquisadores concluíram que a habilidade do pai de estabelecer limites e estruturar o comportamento dos filhos influenciou positivamente a habilidade de resolver problemas e diminuiu questões emocionais, como tristeza, isolamento social e ansiedade.
Mas algumas ativistas  afirmam que esta tese não passa de machismo, pois o que constrói e estimula as habilidades culturais associadas ao homem  não é necessariamente o pai e sim o instinto humano e também materno.
De acordo com a psicóloga Marina Almeida, hoje em dia muitas famílias têm exercido as funções de formas diferentes, muitas mulheres além de trabalharem fora de casa e serem responsáveis pela educação dos filhos, assumem  integralmente o papel de chefe de família, responsabilizando-se pela  casa sozinha e desempenhando na grande maioria das vezes a função do pai. Por outro lado, atualmente muitos pais desenvolvem a função materna, levando os filhos para escola, cuidando, acolhendo, e até os alimentando, o que nos loeva a dizeer que há uma inversão de valores na sociedade em que vivemos.
“A dialética familiar atual está em uma condição modificada de gênero, quero dizer, na função que estes homens e mulheres se comportam frente aos filhos e promovem desenvolvimento e marcas psíquicas”, afirma a psicóloga.
Marina ainda diz que hoje as configurações dos casais são  diferentes, tanto a função materna, quanto a paterna em relação aos filhos.
A questão não está só no fato de ser o homem ou a presença ou participação do pai, porque ficaríamos pensando de forma nostálgica. Só as famílias que possuem  o pai  poderiam estimular os filhos a serem felizes?! Seria reducionista.
Portanto, pode não ser uma verdade a ser generalizada, mas sim um fato. Porque quem faz está função paterna tem estes resultados com os filhos, a questão também pode ser contrária, famílias que tem pai e mãe e os filhos são infelizes ou problemáticos seria porque nenhum dos genitores faz sua função nem paterna ou materna? O foco recai na função que exercem sobre os filhos, limites, conversação, relação e não no gênero, mas a presença sim é importante, porque alguém tem que fazer isso.
Para o filho, pai e mãe são e serão sempre insubstituíveis, jamais poderemos substituir um ou outro, mas podemos sim cumprir seus papéis e tentar minimizar danos ou traumas que esta ausência pode trazer para nossos herdeiros.
Equipe Filhos & Cia
por Marcela França

http://filhosecia.uol.com.br

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